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Dia do historiador


Professor Alexandre Martins e Profº Marco Aurélio Fernandes

Em virtude da Lei Nº 12.130 de 17 de dezembro de 2009 que institui o Dia Nacional do Historiador a ser celebrado anualmente no dia 20 de agosto foi organizada no recinto da Faculdade Alfredo Nasser, pela coordenação do curso de licenciatura em História, a palestra intitulada Reativar: lugares, naturezas e culturas, ministrada pelos palestrantes Professor Dr. Alexandre Martins de Araújo e Prof. Esp. Marco Aurélio Fernandes Neves. O evento contou com a presença dos discentes, docentes e coordenação do curso de História.

A proposta de realização de palestra foi colocada pelo colegiado do curso juntamente com sua coordenação. Dentre os objetivos do evento os membros colegiados destacaram a intenção não apenas de comemorar, mas de proporcionar espaço para reflexões e troca de experiências engendradas pela pesquisa no campo da história no sentido de ampliar o conhecimento dos acadêmicos acerca dos temas, problemas que envolvem a profissão do historiador pesquisador e professor de história.

O tema apresentado pelos palestrantes convidados trouxe importantes contribuições para a percepção das diferentes possibilidades de temas que podem ser objetos de pesquisa em História, bem como para a afirmação da importância do diálogo com outras áreas do conhecimento. Outro ponto fundamental na exposição do tema se deu pela necessidade colocada aos historiadores de alcançar a História Ambiental a qual, como disse Alexandre Martins, “deixaram cair em algum lugar do passado”. Isso demonstra que as reflexões recentes no âmbito da pesquisa histórica estão em correspondência com a Lei 9.795, de 27 de abril de 1999 que trata da Educação Ambiental.

Amparados teoricamente no campo da História ambiental e por discussões que tratam de importantes conceitos como: modernidade e colonialidade, os pesquisadores/palestrantes colocaram em foco os impactos do discurso da modernidade para o meio natural e humano. Discutiram de que forma o desenvolvimento gera a colonialidade no sentido em que o ser humano acaba envolvido por propostas que, de fato, não alcançam a todos. A colonialidade seria então essa crença no “desenvolvimento”, na “modernidade”, no “progresso”, o vislumbre de novas possibilidades. Outro enfoque se deu em como todo esse discurso ainda se utiliza de mecanismos do velho colonialismo. A fragmentação dos espaços, dos sujeitos apresentadas em conhecidas dicotomias como: campo/cidade, superior/inferior, dentre outras.

Ao abordarem sobre como toda essa reflexão e produção de saber devem ser levadas para a sala de aula, Alexandre Martins e Marco Aurélio chamam a atenção para a necessidade de não se criar hierarquias, classificações, as quais, historicamente, relegaram a muitos a condição de inferiores e, portanto, excluídos. No âmbito escolar deve-se promover a valorização dos diferentes saberes considerando a possibilidade de romper com essas velhas dicotomias que acabam por atestar a forma fragmentada em que se coloca a realidade. A ação então colocada implicaria em romper com os muros da escola e trazer a comunidade para dentro, implica em fazer a criança valorizar o que tem em casa, suas origens. Tudo isso leva a uma ação in loco, no ambiente em que se está a partir da integração dos espaços e dos saberes.

Toda a reflexão trazida pelos palestrantes convidados, com falas riquíssimas e inovadoras, permite aos discentes e docentes do curso de licenciatura em História da Faculdade Alfredo Nasser dizer que comemoraram o dia do historiador de uma forma crítica e reflexiva.

25/08/2014

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